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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Safra do café sem deixar de tirar leite


                                            Zé Deuzinho é exemplo da produção café com leite

Muito trabalho. Quem trabalha com o café e o leite na região do Caparaó, até setembro tem realmente muito trabalho pela frente. Dar conta da colheita e da tirada do leite todos os dias, precisa planejamento, estrutura e força de vontade. No Espírito Santo, são milhares de histórias assim todos os anos, o café com leite faz parte da agricultura do estado há séculos e da renda de muitas famílias. Foi para mostrar uma dessas histórias que o Informe Colagua visitou a propriedade do José Antônio Protásio de Oliveira, Zé Deuzinho, que fica no distrito de Mundo Novo, no município de Dores do Rio Preto. O cooperado trabalha no sistema familiar, consegue fazer leite de qualidade e ainda assim, trabalhar na safra do café também com produção boa.

Não tem como começar a falar do produtor Zé Deuzinho, de 63 anos, sem falar da história de coragem deste homem. Quando comprou a propriedade há mais de 30 anos não havia nenhum cultivo, tinha apenas um burro emprestado e uma vaca. Com ajuda da esposa, Sônia Cristina de Souza e dos quatro filhos, dois meninos e duas meninas, hoje adultos, a família tomou forma junto com o sítio. Foram feitos plantios de café, eucalipto, verduras e a produção de leite, que nunca faltou.

                                             A esposa Sônia é o braço direito em tudo

“Nunca deixei de tirar o leite e tentar fazer o melhor. O café a renda vem uma vez ao ano, mas o leite não. Com o dinheiro do leite fazemos as despesas diárias, o que mantém a propriedade firme e produzindo. Hoje, tenho 100 animais, cerca de 30 vacas estão na produção de leite. No café, vamos ter uma produção de cerca de 500 sacas neste ano. Eu sou apaixonado por roça, faço tudo por gosto de fazer”, lembra Zé Deuzinho.

Todo o trabalho no sítio é feito com a família, o filho Eliseu Jr. Sousa Oliveira, 32 anos, viu que a vida no sítio era importante profissionalmente e resolveu ficar, mas buscando qualificação. Fez diversos cursos, entre eles, de inseminação artificial, todo animal da propriedade é fruto dessa dedicação. “Eu sempre insisti para que meu pai aceitasse ideias novas e deu certo. Começamos a fazer inseminação e piquetes. Atualmente, ajudo a muitas propriedades com inseminação e tenho orgulho de dizer que os animais daqui tem qualidade”, lembra Eliseu.

                                        Família junto com o técnico Fabiano e a zootecnista Stefani

O cooperado está na Colagua há quase um ano, antes enviava o leite para um laticínio privado, mas depois de uma visita do técnico da Colagua, Fabiano resolveu apostar no trabalho da região e tem dado certo. O trabalho de dedicação aprendido com os pais e até o filho, foi somado a novas técnicas que tem aumentado à produção e disparado a qualidade. O volume de leite por dia na propriedade chega a 800 litros, no rancking de qualidade tem conseguido o crescimento aos poucos.

“No curral sigo um ensinamento de meu pai, colocamos pó de serra uma vez ao dia, depois raspamos e no outro dia, o trabalho se repete. Lavar o curral nem pensar, nunca gostei, via os outros lavarem e sempre achei errado, além de gastar água e jogar tudo no córrego prejudicando o meio ambiente. A pessoa que faz isso não usa o esterco como adubo. A mistura que fazemos, com pó de serra e adubo serve para todas as nossas plantações. O chão firme e sem unidade não prejudica o casco da vaca”, afirma Zé Deuzinho.

Para o zootecnista, Stefani Moraes, técnica do projeto “Mais Leite” que é uma parceria entre Colagua, Coopetec e Sebrae, a evolução do cooperado tem haver com o planejamento junto a cooperativa, os técnicos e a vontade de fazer o melhor do produtor. “Na primeira visita acompanhei a ordenha e fiz todos os exames. Inclusive, ensinei fazer a lavagem do tanque e na terceira visita eles já estavam fazendo tudo que pedi. Levei a ideia para eles, que um leite de qualidade reflete na saúde do animal sendo assim, não vai gastar com medicamento. Então , começaram a fazer pré e pós DIPPING. A realização é que sempre que venho ele está feliz e comentando do crescimento na qualidade do leite. Um outro ponto importante é que o produtor sempre se preocupou com a nutrição do animal. Sempre fizeram silagem para suportar o inverno, adubavam os piquetes com esterco e a ração concentrada. A inseminação também é um lado positivo, que já fazem há alguns anos. A qualidade dele é ótima, mesmo com 30 vacas”, destaca Stefani.

                                    Pai e filho da rotina da roça que cada vez tem novas informações 


O agricultor que não se cansa do trabalho, mostra que é possível trabalhar com qualidade e com bom retorno. “A gente trabalhar precisa trabalhar com perfeição. Você vai fazer uma porcaria para o outro tomar? A qualidade é de família. Não tem ninguém rico, mas todo mundo feliz. As coisas que os outros comem, a gente precisa ter consideração. Depois que entrei na Colagua, o leite passou a render mais, passou a sobrar e tudo que for para melhorar faz a parte. A gente vai tocando. Na safra do café não é brincadeira, inclusive trabalhamos na parte da noite. Puxamos o café depois do leite, uma luta feia, mas a gente toca o tempo todo. Se parar não dá tempo. Eu me sinto honrado por tudo isso”, finaliza Zé Deuzinho.

domingo, 15 de maio de 2016

Equipe da Colagua visita "Seu Zé Deuzinho"

                                          Dia de visita e de conhecer uma história que faz a diferença 

Para a produção do "Informe Colagua" uma equipe da cooperativa visitou neste sábado, 14, o cooperado José Antônio Protásio de Oliveira, mas todo mundo conhece mesmo como Seu Zé Deuzinho. Ele vive na localidade de Cachoeira Alta, em Mundo Novo, município de Dores do Rio Preto. Há um ano na Colagua, o cooperado é um exemplo de produtor que visa a qualidade e aos poucos, conseguiu aumentar a produção e os rendimentos. História de luta, que deixa a Colagua mais forte.

A matéria completa vai ser publicada no Informe Colagua, que todos os meses fica pronto sempre no dia 20. O jornal leva ao produtor rural tudo o que se passa na cooperativa, com informações, parcerias, o rancking de qualidade, produção, cursos e o trabalho de uma equipe que trabalha para a região do Caparaó. Mas antes da publicação do Informe deste mês, algumas fotos sobre os bastidores da matéria principal. Não percam!

                                                 A jornalista Andresa, Seu Deuzinho e a técnica Stefani


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Associados da comunidade Santa Catarina fazem curso



Higiene redobrada no curral, técnicas de limpeza e até a maneira mais correta da retirada de leite. Essas foram algumas das técnicas aprendidas pelos cooperados do tanque da comunidade de Santa Catarina, zona rural de Guaçuí. Mais uma vez o trabalho só aconteceu devido a uma parceria da Colagua e do Incaper, que vem conversando há alguns dias com os pecuaristas sobre a importância da qualidade do leite.

De acordo com a zootecnista, Lorena Vidaurre Ribeiro, a busca pela melhoria da higiene vem sendo uma constante na ordenha nos currais de leite. “A participação foi muito boa, mesmo com um número reduzido foi possível convencer da importância da adoção de boas práticas agropecuárias. Nós sabemos que o planejamento é importante, mas essencial mesmo é a execução, usar o que foi passado durante o treinamento”, afirma Lorena.


O curso aconteceu nos dias 9 e 10 de maio, o primeiro dia o foco foi as questões teóricas, com apresentação de vídeos e slides sobre o tema. A terça-feira, foi dedicada a aula prática com o grupo de pecuaristas no curral testando as novas técnicas aprendidas. A Colagua reafirma que está de portas abertas para receber outras comunidades, que desejam fazer um trabalho de qualificação na área.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Degustação continua atraindo clientes


                                            Os clientes aproveitaram a deguastação dos produtos
Durante sete dias pelo menos três degustações foram realizadas na região, duas aconteceram em Alegre e uma em Guaçuí, em comum as ações conseguiram atender bem o objetivo que foi levar a marca Colagua e de uma forma natural, aumentar as vendas dos produtos. Mesmo sendo de Guaçuí, muitos moradores ainda tinham dúvidas sobre os produtos, ou mesmo, simplesmente não consumiam por falta de conhecimento. A expectativa é que outras degustações aconteçam no decorrer do ano, não só nos municípios citados, mas em todos da área de cobertura da Colagua.

“De imediato o consumidor fica tímido, mas depois experimenta e se surpreende com a qualidade”. A constatação é do representante comercial da cooperativa, Igor de Aguiar Araguão. Ele atua atendendo os supermercados de Alegre e já notou como as ações mudam o conceito da Colagua para quem consome. “A concorrência no setor é grande, mas o consumidor chega ao mercado meio perdido sem saber escolher a marca, mas quando experimenta os produtos Colagua, não tem jeito acaba aprovando o sabor”, finaliza Igor.
                                          O "Nelson" posou juntos com funcionários da Colagua

A divulgação na semana passada encontrou nos supermercados de Alegre e Guaçuí, o ator Pedro Bismark, conhecido pelo personagem Nelson da Capitinga, que foi realizar um trabalho no local. Quem foi conhecer o comediante, aproveitou para experimentar o que a Colagua tem de melhor: produtos de qualidade.


De acordo com o Supervisor de Vendas, Vilmar Diniz, fica até difícil falar em números de participantes durante as degustações. “Acho que foi nosso maior record e isso nos deixa satisfeitos com o trabalho. A cobrança é grande, mas um trabalho com esforço, honestidade e verdade faz a diferença. Os nossos produtos estão sendo bem aceitos, cada dia que fazemos o trabalho, aumenta o número dos consumidores e de reconhecimento pela marca. Acredito que existe espaço para todos no mercado de trabalho, mas quem tem qualidade consegue melhores posições”, finalizou Vilmar. Outras ações devem acontecer nas próximas semanas. 



Controle do carrapato foi abordado em palestra

                                                         Palestra aconteceu na sede da Colagua

Mais uma vez a Colagua contou com a ajuda de parceiros, para abordar problemas importantes na rotina do cooperado.  O médico veterinário Eduardo Schalders, representante da empresa Vallée, falou sobre o “Controle Vet” durante uma palestra na sede da cooperativa no dia 5 de maio. Dentro dos desafios que precisam ser superados, um especial tem tirado o sono dos pecuaristas: infestação de carrapato. Por isso, um público interessado marcou presença e aproveitou para tirar dúvidas.

Para o palestrante Eduardo Schalders, a importância é esclarecer a forma correta de combater o parasita. Cada caso precisa ser estudado individualmente. “O carrapato é um dos maiores desafios de quem tira leite, o parasita consome o sangue da vaca e reduz muito a produção. Sem contar, o prejuízo com a carne e o couro. Toda linha da Vallée é encontrada no armazém da Colagua para atender os pecuaristas”, lembra Eduardo. Que falou também, caso exista qualquer dúvida pode ser tirada na Colagua.

A proximidade da empresa e da cooperativa facilitam alguns processos, principalmente a soma de informações para serem usadas no dia a dia do agricultor. O trabalho de qualificação tem começado na base, dando reflexo no campo e na rotina financeira das famílias.


quinta-feira, 5 de maio de 2016

Funcionários da Colagua participam de curso






                                                   Funcionários de várias cooperativas participaram

Um curso dedicado ao aperfeiçoamento do atendimento entre cooperados e clientes. A qualificação aconteceu nesta quarta-feira, 4, no armazém de uma cooperativa de laticínios, em Cachoeiro de Itapemirim. Várias empresas do ramo participaram do evento com funcionários.
Dois funcionários da Colagua, Thiago Barbosa e Sebastião Bazani, participaram do módulo que ensinou boas técnicas de abordagem. “O objetivo do curso foi aperfeiçoar nosso atendimento com os cooperados e clientes, conhecendo novas técnicas de abordagem e comunicação, além de lapidar os conhecimentos que já temos nessa área. Foi um curso de extrema importância, pois serve para nos ensinar e corrigir, onde estamos falhando em nosso atendimento no dia a dia”, pontuou Thiago.

O funcionário Thiago, destacou também que a cooperativa trabalha para melhor atender o colaborador. “A cooperativa preza pelo respeito e cordialidade chamando-o cooperado/cliente pelo nome, visando atendê-lo com educação, oferecendo um atendimento de qualidade para que o mesmo seja sempre fiel à cooperativa”, finalizou Thiago.

Encontro na comunidade de Santa Catarina



                                         O Presidente da Colagua falou sobre a importância da cooperativa

Produtores da comunidade de Santa Catarina, zona rural de Guaçuí, tiveram uma reunião bem produtiva na última terça-feira, 3, para desenhar caminhos e superar os desafios na qualidade do leite. Onze pecuaristas fazem parte do tanque de leite que abastece a cooperativa. Estiveram presentes representantes da Colagua e também do Incaper, produtores entenderam a importância de buscar o aperfeiçoamento no setor e melhorar as condições de vida.

Para o Presidente da Colagua, Burthon Moreira, a reunião foi muito proveitosa porque não houve imposição para o melhoramento, mas sim a pontuação de como um leite de qualidade gera mais renda, além de ser seguro para o consumidor. “A ideia não foi cobrar e muito menos, impor situações aos produtores. A pergunta foi feita: qual o desafio que precisa ser superado? Mostramos vários casos de produtores que passaram a ganhar mais com a qualidade. Nós da Colagua, nos colocamos a disposição para apoiar e oferecer cursos, também falamos da importância da presença no dia a dia da cooperativa”, destaca Burthon.

A conversa com os produtores contou com a presença do coordenador do Incaper de Guaçuí, Maxwel Assis de Souza, que avaliou muito positivamente a proximidade com os agricultores e a parceria com a Colagua. “A melhoria da qualidade do leite passa também pela quebra de paradigmas, isto será possível através da educação e formação dos nossos pecuaristas, pois mais do que produzir o leite em quantidade, se deve mudar os conceitos de como produzi-lo. Os métodos de extensão utilizados nesta parceria, serão implementados para envolver todo o conjunto de processos, atividades dentro da propriedade e a relação do produtor com a Cooperativa, pois esta relação precisa ser mais próxima e transparente de ambas as partes. O cooperado precisa se sentir "dono" da Cooperativa e a Cooperativa olhar para o cooperado como ente fundamental no crescimento da mesma, não só pelo aspecto do tipo de produto entregue para processamento”, afirma Max.
O representante do Incaper também destacou a importância da Cooperativa para toda região do Caparaó. “Acredito na grandeza da Colagua, como acredito na capacidade de mudança de postura por parte dos produtores para melhorar a qualidade do leite produzido, para que tenhamos um produto final de melhor qualidade, em condições de competir com o mercado de lácteos e de gerar recursos para a Cooperativa e para os cooperados. O caminho a seguir é o da informação e formação para que as mudanças sejam internalizadas e realizadas por cada um de nós”, finalizou.

O bate papo já gerou frutos. Na próxima semana, um curso de dois dias será ministrado na comunidade pelo Incaper com apoio da Colagua. De acordo com a zootecnista do Incaper, Lorena Vidal, o módulo já aconteceu em outras associações de Guaçuí, sempre com foco no melhoramento da retirada do leite e resfriamento. “Vamos realizar o curso nos dias 9 e 10 de maio, no primeiro momento vamos fazer uma conversa teoria, mostrando técnicas, com muitas informações e slides e no segundo dia, vamos ao curral mostrar os procedimentos na prática”, comenta Lorena.