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domingo, 31 de julho de 2016


É só olhar nas prateleiras do mercado e ter a certeza que o preço do leite disparou. O consumidor pergunta: o que aconteceu? A resposta não é tão fácil assim, uma sequencia de problemas ficam atrelados a verdade. Para o Presidente da Colagua, Burthon Moreira, a falta de chuva e o aumento dos insumos usados na nutrição animal, como o milho, a soja e o fubá podem ter ajudado na sequencia de reajustes, mas não é só isso, o setor também sentiu reflexos da crise. 
“Os problemas aconteceram a curto e médio prazo, a atividade leiteira vinha com uma certa dificuldade, no ano passado não houve um preço satisfatório para o produtor. A remuneração melhor havia sido sentida em 2013, ou seja, há três anos. Atualmente, o fator preponderante para isso foi exatamente a falta de chuva, que impacta na baixa oferta de alimento para o rebanho. Hoje, os valores pagos aos produtores são razoáveis, porem existe um entrave que são altos custos de produção. Minha preocupação é quando o consumidor não conseguir mais adquirir produtos lácteos. Se existe uma menor oferta o preço aumenta. Nos lácteos com curtas validades, o consumo é quase que imediato. Podemos dizer que nos últimos 10 anos, esse tem sido o único recuo na produção de leite no Brasil. O momento é de cautela”, explica Burthon.

“Mais Leite” tem balanço positivo

Exemplo de piquete na propriedade de José Henrique, em Guaçuí

O projeto que vem revolucionando as propriedades cooperadas da Colagua está em fase de renovação, o segundo contrato acabou e o Sebrae, instituição que mantenedora abriu nova licitação para reunir profissionais e empresas que vão executar o “Mais Leite”. Hoje, 55 agricultores estão participando e tiveram mudanças significativas no manejo da propriedade, gestão, nutrição animal, genética do gado, qualidade e volume de leite. Até a licitação terminar, a Colagua vai assumir os custos do projeto sozinha. 
Segundo o Presidente da Colagua, Burthon Moreira, a decisão de manter os profissionais trabalhando, foi para não perder o resultado já atingido nos últimos dois anos. Arduamente, profissionais foram atuando no campo com o proposito de melhoramento e mudaram antigos pensamentos e realidades de alguns pecuaristas, tudo com informação e planejamento. 
“O projeto funciona com o Sebrae como o maior investidor, a cooperativa e o produtor com a contrapartida menor, o Sebrae com a parcela maior de custo. Houve uma redução significativa no valor do orçamento, também modificações de regras de trabalho. Não queremos deixar o “Mais Leite” se perder, em algumas regiões onde houve a paralisação isso ocorreu, chegamos a conclusão que é de grande importância” destaca o presidente. 
O setor leiteiro exige muita disciplina e o produtor também, por isso, quando o técnico coloca metas para serem cumpridas, se faz necessário a interação e cooperação dos dois lados para alcançar bons resultados. “Esse projeto de assistência foi capaz de quebrar velhos tabus, que significa melhores resultados zootécnicos, reprodutivos e econômicos, como também a qualidade do leite, gerando mais remuneração. O pecuarista precisa entender que uma vaca que não produz com qualidade e eficiência não gera lucro, além de poder comprometer o resultado de todo o rebanho. O grande prejudicado é o produtor. A indústria recebe uma matéria prima que tem qualidade inferior, gerando menor rendimento e baixo padrão de qualidade. O mercado exige produtos de qualidade, produto de má qualidade o consumidor só compra uma vez”, finaliza Burthon. 

Técnicos e produtores da Colagua participaram da Megaleite



                                             Troca de informações foram importantes durante a Megaleite

Megaleite é considerada a maior feira da pecuária de leite da América Latina, neste ano, aconteceu em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Cerca de 80 mil pessoas estiveram presentes, entre os dias 21 a 26 de junho. Aproximadamente 1.600 animais de alto padrão e genética racial comprovada participaram da exposição. Estiveram presentes ao evento, 80 empresas de diversos segmentos, entre elas: de nutrição animal, produtos agropecuários, produtos veterinários, gestão na área da tecnologia para informação voltada a toda a cadeia da pecuária de leite, consultoria e assessoria na área de produção, genética animal, empresas de tecnologia de reprodução animal, veículos e implementos agrícolas, máquinas e equipamentos voltados ao produtor rural, empresas e laticínios que produzem produtos derivados do leite. Um aprendizado para produtores e cooperativas como a Colagua que trilham o caminho da qualidade. 
“Essas viagens técnicas, ou seja, esses eventos são uma forma te abrirmos nossa mente para as inovações tecnológicas e principalmente para entendermos as formas de manejo que minimizam o custo de produção, em nossas propriedades. Conseguimos agregar ao nosso conhecimento na área onde atuamos, irá impactar na diminuição do nosso custo de produção. Sendo nossa propriedade pequena ou grande, precisamos ir atrás busca de conhecimento, cada propriedade tem sua particularidade, não existe uma forma secreta, precisamos entender isso e adaptá-la ao manejo mais adequado”, destaca o técnico Leonardo Soroldoni Barbosa, responsável pelo setor de qualidade no campo. 
Os técnicos participaram de duas visitas, a primeira foi na Fazenda São João, a 5° maior produtora de leite do Brasil, com foco em produção leiteira e melhoramento genético. A fazenda possui um sistema de criação de gado confinado, onde os animais são mantidos durante 24 horas num curral coberto e com temperatura controlada. .A fazenda São João possui atualmente 1.200 vacas em lactação, produzindo uma média de 35.000 litros de leite por dia. Dessas 1200 vacas, 300 é no sistema de pastejo rotacionado, quando no verão nessa mesma área, chega a 700 animais no pastejo, o gado passa por duas ordenhas e no confinamento três ordenhas. 
                                                            Confinamento para a produção de leite

 A segunda visita foi a Fazenda Barreiro Alto, também representante da raça holandesa com grande produção de leite e de genética. Nesta fazenda, os produtores tiveram a oportunidade de conhecer um novo método de criação em confinamento chamado de “Composto de Barn”, método inovador desenvolvido nos Estados Unidos, com baixo custo de implantação e manutenção. “Neste método, as vacas ficam confinadas sobre uma camada de serragem de madeira, com cerca de 50 centímetros. É sobre ela que os animais vão ficar. As fibras da madeira e os dejetos, como fezes e urina, são os ingredientes do composto. Este composto serve como adubo orgânico e a propriedade comercializa. Segundo o gerente, em cinco anos produzindo o composto o investimento é pago”, finaliza Leonardo.

Novos produtores se associam à Colagua

                                                  Produtor chegou à Colagua e pretende ampliar a produção de leite

Quem olha Jonilton Feliciano Tatagiba trabalhando em uma agência bancária, em São José do Calçado, nem imagina que ele também é um homem do campo. A propriedade que foi herdada do pai, mas ampliada no decorrer dos anos tem alguns cultivos, mas principalmente existe a dedicação no gado, com mais força o leiteiro. O lugar fica na localidade de Pavão, distrito de Alto Calçado, em São José do Calçado. Ele e outros quatro proprietários, fazem parte da nova linha de captação de leite da Colagua. Produtores que valorizam a história da instituição e acreditam no desenvolvimento econômico regional como também, nos benefícios ofertados. 
“A produção de leite movimenta a região, avalio que se você tem um pedaço de terra, você tem um papel social de gerar emprego. O leite gera mais emprego do que qualquer outro cultivo. Resolvi abandonar à venda para um laticínio particular, porque o que uma cooperativa tem a oferecer é muito maior que uma simples empresa. Eu gero dois empregos fixos, com a ampliação da produção, esse número pode aumentar”, destaca Jonilton. 
O pecuarista chegou à região de vez há 15 anos, começou a trabalhar na cidade e se encantou com a produção rural. Em tempos de grande produção chegou a tirar 600 litros de leite por dia, de um tempo pra cá o volume caiu pela metade. A região vem sofrendo muito com a falta de água, mas para evitar a dificuldade dos animais no inverno, o agricultor investiu na reserva nutricional. Para a temporada foram reservados 120 toneladas de silagem, sem contar as plantações de cana e capim. 
Para tocar a propriedade Jonilton conta com ajuda de Cleocir José Traba, o gerente que consegue administrar todo o processo, enquanto ele trabalho no banco. É Cleocir que observa todas as necessidades da criação. “Minha vida é o leite. Em alguns animais são feitas duas ordenhas por dia, outros não suportam esse procedimento. Estamos administrando alguns problemas como o aumento dos insumos e a falta de água”, destaca Cleocir, que também está otimista com a nova parceria com a Colagua.

domingo, 10 de julho de 2016

Novos cooperados são visitados

                                          Jonilton e Cleocir fazem parte agora do time da Colagua 

Cinco produtores rurais fazem parte da nova linha de captação de leite da Cooperativa de Guaçuí, novos cooperados reflete no volume de leite da Colagua. Fomos visitar o Jonilton Feliciano Tatagiba, na localidade de Pavão, em São José do Calçado. Encontramos um cooperado entusiasmado com a produção leiteira, querendo ampliar a produção e melhorar a qualidade. "A terra tem um papel social". A afirmativa de Jonilton resume o cooperativismo trilhado pela Colagua. A matéria completa sobre a história dos novos cooperados, vocês conferem na próxima edição do Informe Colagua. Até lá!

Equipe da Colagua durante a visita aos novos cooperados