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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Fornecimento de Sucedâneos para bezerros

                                                 Os bezerros precisam de leite para o crescimento

Um dos maiores custos para a propriedade leiteira é a época de aleitamento dos bezerros, quando há um aumento no consumo de leite dentro da propriedade. Um bezerro chega a consumir até 240 litros de leite desde o nascimento até o desmame aos 60 dias de idade. O leite deve ser o principal alimento desses bezerros, nesta primeira fase de vida; no entanto, este produto é considerado destinado à comercialização e a sua produção chega a representar 90% dos custos, tornando a sua utilização dentro da propriedade restrita apenas para as fêmeas de reposição. 

Para diminuir esses custos, o sucedâneo é muito empregado, sendo uma das principais formas de substituição do leite integral na alimentação de bezerros na propriedade. Como conceito básico, tem-se que os sucedâneos são misturas preparadas para ser diluídas em água, ou no próprio leite e utilizadas pelo recém-nascido, depois da fase do colostro, em substituição ao leite integral. Para que os sucedâneos apresentem semelhança ao leite integral, é imprescindível a escolha de um produto de qualidade. Grandes preocupações quanto ao uso de sucedâneo estão ligadas à sua eficiência quando comparado ao leite integral, principalmente quanto à sua disparidade no desempenho desses animais. 

Os produtores poderão associar o uso de sucedâneo com o sistema de aleitamento. Ou seja, poderão minimizar a sua duração por meio da desmama precoce mais intensa, a fim de diminuir o custo de alimentação do bezerro, considerando principalmente a dieta láctea. Um aspecto que deve ser levado em consideração quanto ao uso de sucedâneos é a transformação do bezerro em ruminante mais precocemente, mesmo à custa de desempenhos mais modestos. 

A composição do sucedâneo, permite uma avaliação inicial de sua qualidade, sendo considerado ideal, alguns aspectos como: o teor de proteína bruta entre 18% e 22%, o teor de gordura entre 10% e 22%, lembrando que bezerras criadas em ambientes com temperaturas baixas têm maior requerimento de energia, teor de fibra de 0,2%, uma vez que níveis superiores indicam a utilização de proteínas de origem vegetal e vitaminas A, D e E. É preciso conter pelo menos 15% de lactose. Além da redução de custos, outras vantagens podem ser ressaltadas quanto ao uso de sucedâneos: desvincula o horário da ordenha do trato dos bezerros, evita a transmissão vertical (via leite) de doenças da vaca para a bezerra, e ainda, o sucedâneo possibilita concentrar mais a mistura, o que significa maior teor de matéria seca, para obter resultados mais rápidos e eficientes no desempenho. Nós da De Heus trabalhamos com um pacote tecnológico de sucedâneos que promovem estes ganhos descritos acima e colocamo-nos à disposição de vocês cooperados para auxiliá-los na implementação desta tecnologia.

Convém ressaltar que o uso do sucedâneo, além do preço menor em relação ao leite integral, deve atender determinados aspectos. São eles: 

- Precisa conter grande quantidade de leite ou produtos lácteos;
- Apresentar baixo teor de fibra e alta digestibilidade;
- Importante ser rico em minerais, vitaminas e energia;
- Proporcionar bom ganho de peso aos animais;
- A praticidade é um diferencial;
- Proporcionar boa homogeneidade;
- Ser diluído em água natural;
- Evitar diarreias e também, a morte dos animais; 

Leonardo Campos de Carvalho, médico veterinário, nutricionista de ruminantes e representante de Heus


Assembleia será em março


                                                Cooperados precisam participar da assembleia

A Assembleia da Colagua está prevista para acontecer no dia 23 de março, uma quinta-feira. Toda a mesa diretora esclarece a importância da participação dos cooperados, no conhecimento do planejamento social da empresa, em projetos e no balanço financeiro. De acordo com Ideraldo Luiz de Morais, consultor da Colagua, assim como o cooperado se preocupa com a propriedade, com o gado, verificando diariamente a produção; se o gado está bem de saúde, a vacinação está em dia, se está sendo bem alimentado e o que pode fazer para melhorar a produtividade, entre outras preocupações, a mesma forma precisa ser a participação na Assembleia Geral.  O objetivo é saber como os administradores estão lidando com a cooperativa, que é de propriedade de cada cooperado. 

“Enquanto a maioria das empresas, não está obrigada a publicar seus balanços, a administração da Colagua, primeiramente por princípio e depois por imposição da Lei nº 5.764/71, presta contas anualmente dos seus atos, aos donos da cooperativa, que são os cooperados. Retratados no balanço contábil amplamente apresentado em Assembleia Geral”, destaca Ideraldo. Bom lembrar, que a prestação de contas, retratada no balanço contábil, mostrando o quanto a cooperativa faturou no ano, quanto gastou, de que forma gastou, o que sobrou, ou seja, o lucro, bem como as principais medidas adotadas pela administração no ano de 2016 e o que se pretende fazer no ano de 2017.

Ex-presidente apaixonado pela Colagua

                                            Paulo Aguiar tem orgulho de ter construído essa história

Ele já foi por três anos Presidente da Cooperativa de Laticínios de Guaçuí, na verdade, foi o segundo a ocupar o cargo, mas o que de fato inaugurou a Colagua desenvolvendo as obras no prédio e colocou para funcionar. Um orgulho, que Paulo Viana de Aguiar, consegue descrever em cada conversa. Sua posse aconteceu no dia primeiro de abril de 1962, fi cando até o dia 31 de março de 1966. O afastamento da cooperativa só aconteceu devido a outros compromissos profissionais. Sempre ativo na região, Paulo de Aguiar, gosta de relembrar a história da cooperativa e fazer assim, que ela se perpetue por muitas gerações. 

De acordo com o ex-presidente, a ata da assembleia de início dos trabalhos data de 25 de fevereiro de 1958, foi ele mesmo o responsável por escrever o documento. “O terreno que funciona a Colagua, antes era uma cooperativa de mandioca, na época como não havia mais produção, o espaço foi doado pelo meu pai Francisco Lacerda de Aguiar. No período que foi Governador do Espírito Santo, também deu intensa contribuição a Cooperativa de Laticínio, doando maquinários e incentivando a economia local”, afirma Paulo. Essa vontade de união surgiu porque pecuaristas não aguentavam mais vender seus produtos para um laticínio privado que existia em Guaçuí, cerca de 200 resolveram montar uma cooperativa, acreditaram que juntos conseguiriam mais espaço no mercado e também um lucro maior.

“Foram três anos até a inauguração da Cooperativa, nesta época, estava acontecendo a erradicação do café devido a uma crise que o Brasil enfrentava. O surgimento da Colagua veio para aumentar a renda dos agricultores, já que o preço era bem melhor e ajuda nos insumos facilitava o trabalho. Criamos uma cooperativa forte, queremos que as gerações continuem esse trabalho”, lembra Paulo. 

No dia 22 de fevereiro a cooperativa completa 59 anos, tempo de lembrar todos os que escreveram um pouco dessa história, as antigas gerações que lutaram por preços justos, proteção ao pecuarista e aumento de empregos para a região. Em uma publicação de um jornal da época, no dia da inauguração, o Governador Francisco Lacerda de Aguiar expressou a importância da cooperativa dizendo: “A Cooperativa representa um novo surto de progresso para o Espírito Santo, por dois motivos: Primeiro porque um dos meus fi lhos, Paulo Viana de Aguiar, está a frente de um movimento que será orgulho para todo estado. Segundo, porque quero compartilhar com o povo da minha terra a felicidade, depois das eleições que me levaram ao Governo”.   A história de Guaçuí passa pelas páginas da Colagua.

Vacas confinadas e com boa produção


Na Localidade de Córrego do Bonfim, em Espera Feliz, perto da divisa com o Espírito Santo, o trabalho começa cedo. Os cafezais que fazem o contorno da serra estão em alta produção, mas há pouco mais de dois anos, a produção de leite tem se mostrando uma ótima fonte de renda na propriedade de Pedro do Carmo Brinatti. Esse investimento e dedicação, só aconteceram porque o proprietário resolveu fazer uma parceria com o funcionário Brainer Torlini Thomé, a exemplo do que acontece no café. O impulso só ganhou mais força, depois que os dois optaram por serem cooperados da Colagua.

É do Brainer, toda a responsabilidade de se preocupar com a ordenha duas vezes ao dia, também com detalhes de nutrição e o aprimoramento genético dos animais. Depois de um curso de inseminação, o pecuarista conseguiu estudar de perto cada animal do sítio e sente aos poucos, o resultado no aumento da produção e na redução de problemas de saúde das vacas. “Depois de inseminar consegui perceber a melhora, temos oito vacas inseminadas, o veterinário da Colagua confirmou a prenhez, o que nos deixa mais ansiosos para aumentar a produção de leite. Temos hoje, doze vacas na tiragem, fazendo uma ordenha de 200 litros dia, mas quando começamos até alcançamos uma marca maior, devido a animais que estão de descanso, esse número reduziu. Estamos trabalhando para crescer mais”, destaca Brainer. 

O jovem de 28 anos, optou junto com o proprietário da terra pela Colagua, porque sentiu a importância dos benefícios da Cooperativa de Guaçuí. Quando enviava leite para laticínios particulares, nunca teve acompanhamento e atendimento de qualidade. A propriedade entrou no grupo do programa “Mais Leite”, com assistência técnica e orientação, a gestão da propriedade melhorou consideravelmente. Diferente de outros lugares, os animais ficam mais no sistema de confinamento, já que boa parte das terras, contam com lavouras de café. 

“O gado fica na estrutura do curral e tem um pequeno espaço, com sombra e água para descansar. Por isso, trabalhamos intensamente com a silagem, para a próxima entressafra estamos trabalhando com 120 toneladas de silo, que estão espalhados em pontos estratégicos do sítio”, destacou Brainer, que lembrou também que o proprietário Pedro Brinatti, se dedica a outras propriedades, mas sempre dá suporte na pecuária de leite. Os dois pretendem ampliar a parceria no leite.