Os animais também precisam se refrescar
O verão veio com tudo com temperaturas ultrapassando os 30°
e a sensação térmica de 40°, não é só os humanos que sofrem, mas os animais
sentem essa alteração em todo o sistema, até chegar a produção de leite. O produtor
precisa encarar o período e fazer algumas modificações, seja nos currais, no
pasto e nos demais ambientes que o rebanho fica.
De acordo com a zootecnista, Valeska Ávila, na estação
quente é comum os animais sentirem estresse térmico o que causa alterações
fisiológicas e comportamentais com diminuição na capacidade ruminal. Isso tudo,leva
o animal a reduzir a ingestão de alimentos, levando a diminuição na produção de
leite e perdas reprodutivas.
“O produtor tem que buscar oferecer conforto ao animal em
dias quentes, com temperaturas elevadas e intensa radiação solar, as vacas pastejam
mais no início da manhã, no final da tarde e à noite. Nos horários mais quentes
do dia, procuram abrigar-se à sombra ou entram na água para se refrescar. A
melhor sombra é a provida por árvores, isoladas ou em grupos, e que devem estar
presentes nos pastos e piquetes, para proteger as vacas da alta incidência de
radiação solar, caso não acha, a dica é que o produtor faça uma tapagem artificial
como o sombrite”, lembra Valeska.
Ainda segundo a zootecnista, a proteção precisa fornecer no
mínimo 80% de sombra, orientação norte-sul, que permitirá que o piso se
mantenha sempre seco em função da movimentação dos animais, com altura mínima
de 3 metros e largura de 4 metros. Também é possível usar, ventiladores e
aspersores, climatizando o ambiente só que são recursos um pouco mais caros.
“A água deve ficar em local de fácil acesso e a disposição
para o animal, e de boa qualidade já que necessitam em torno de 130 litros de
água ao dia. Uma forma de evitar a redução da ingestão de alimentos deve ser
adotada algumas estratégias de manejo nutricional, como aumentar a frequência
de alimentação, fornecer sempre alimentos frescos, se possível fornecer a dieta
como mistura total, evitando a seleção dos alimentos, oferecer maior parte da
dieta no período da noite, aproveitando a temperatura ambiente mais baixa, não
formar lotes com excesso de animais e evitar mudanças repentinas na dieta”,
destaca a zootecnista.
Adotando essas dicas o produtor vai ajudar o gado a superar
o calorão, em relação a doenças, apenas quando há excesso de estresse térmico
seriam por situações mais extremas onde envolveria fator clima e nutricional,
na realidade da região do Caparaó é mais mesmo perdas significativas na
produção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário