Testes que são realizados nos laboratórios Colagua
“Minha água é de mina”. Quantas vezes ouvimos isso quando
chegamos a uma propriedade, mas será que a água de “nascente” está mesmo
protegida contra todas as impurezas? Essa tem sido a pergunta, que os técnicos
da Colagua e Coopettec andam fazendo aos cooperados, para atestar essa
qualidade, alguns exames são realizados no laboratório da cooperativa, sem
custo algum para o agricultor. Nos últimos dois meses, os pedidos se intensifi
caram e pelo menos 30% das amostras atestaram algum problema. O diagnóstico rápido
facilita a mudança de postura.
Para Juliana Aguiar Mota, bióloga e uma das
responsáveis pelo controle de qualidade, o pecuarista precisa fi car ciente que
não é apenas a água servida ao animal, mas sim a usada em todo o processo,
principalmente na higiene de currais e tanques. “O pecuarista pode fazer uma
higienização bem feita, mas se água estiver com algum tipo de contaminação todo
o trabalho é jogado fora, alguns bactérias que estiverem na água passam para o
ambiente”, lembra Juliana.
Os procedimentos realizados entre campo, técnicos e
laboratório são muito fáceis. O primeiro passo é dado pelo técnico no campo,
fazendo a coleta de pelo menos 10 ml de água, tudo feito num tubo esterilizado,
para não acontecer contaminação cruzada. O tubo é levado ao laboratório, que
entrega o resultado em dois dias.
“Nossa preocupação são com coliformes fecais
e totais. Antes, nossa maior demanda era o controle interno, agora essa
preocupação com água aumentou nas propriedades”, explica Ana Claudia Moraes
Gomes, responsável pelo Controle de Qualidade.
O técnico Carlos Roteman,
Coordenador do programa “Mais Leite”, acredita que em muitos casos é o próprio
animal que contamina as nascentes, pisando ou urinando próximo. “Orientamos
sempre para a mudança de postura. Sabemos que é um produto de consumo humano,
temos que ter a maior higiene possível. Se o gado tiver invadindo, por exemplo,
orientamos que o ideal é cercar a nascente. A vaca precisa beber água de
qualidade, já que o animal consome muita água”, lembra o coordenador.
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