Burthon acredita nos mais jovens e no futuro da pecuária leiteira
A
sucessão familiar na cadeia produtiva de leite é um desafio no Brasil e no
mundo, pois os jovens estão perdendo o interesse em continuar na atividade por
várias questões. Mas quando a fazenda é rentável e bem estruturada, torna-se um
incentivo para esse jovem planejar o seu futuro no campo. O presidente da
Colagua, Burthon Moreira, é um defensor da sucessão, principalmente pensando no
futuro da própria cooperativa para compor o quadro administrativo.
“A
sucessão é um ponto que precisa ser pensado de uma maneira muito delicada, algo
que ocorre dentro do seio da família. A melhor maneira de sucessão precisa ser
definida dentro de casa, pois o modelo de produção antigo, onde prevalecia as
grandes propriedades dotadas de muitos funcionários, com a produtividade baixa
de produtos, não funciona mais e não oferece renda. Nós da cooperativa estamos
insistindo na questão da assistência técnica e transferência de tecnologia,
quando se leva informação você quebra paradigmas, existe um ganho melhor e mais
qualidade de vida no campo. Estamos preocupados, queremos jovens capacitados, porque
queremos que surjam novas lideranças na cooperativa”, conta Burthon.
Além disso, tem a mudança no cenário no que
diz respeito a leis trabalhistas e ambientais, falta a família planejar melhor
a propriedade e agir como uma empresa de fato. “Os pais querem os filhos por
perto, mas se for usado o sistema ultrapassado de produção, não é possível
assegurar uma vida confortável do ponto de vista econômico. Sem dinheiro, os
jovens do campo, automaticamente migram para a cidade, onde acabam encontrando
desemprego, falta de segurança e também de moradia”, lembra o presidente.
A
produção de leite é uma atividade complexa e exige conhecimento amplo em vários
ramos, como sanidade, alimentação, bem-estar e manejo. Uma nova reorganização na estrutura
familiar destacando a sucessão na administração dos negócios reflete também na
cooperativa que precisa renovar ideias, as cadeiras do administrativo e
fortalecer o mercado regional. Os jovens tem obrigação de dar continuidade à
tradição da Colagua, mas ao mesmo tempo, fazer com que a empresa se adapte a
novos tempos, com muitas informações e tecnologias.
“A
cooperativa está caminhando para os 60 anos. O jovem do presente, que vai
figurar no quadro da cooperativa no futuro, quando é feito o envolvimento dos
mais jovens desde já é possível dar continuidade do negócio. O jovem geralmente
aprendeu com o pai, você tem vários desafios, mas se a propriedade for tocada
como empresa, o jovem é capaz de viver no campo com dignidade. O jovem precisa ser empreendedor, cooperativo e atendo às
novas tecnologias”, finaliza Burthon.
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