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domingo, 25 de outubro de 2015

Presidente da Colagua acredita em sucessão familiar no leite

                                          Burthon acredita nos mais jovens e no futuro da pecuária leiteira
  
A sucessão familiar na cadeia produtiva de leite é um desafio no Brasil e no mundo, pois os jovens estão perdendo o interesse em continuar na atividade por várias questões. Mas quando a fazenda é rentável e bem estruturada, torna-se um incentivo para esse jovem planejar o seu futuro no campo. O presidente da Colagua, Burthon Moreira, é um defensor da sucessão, principalmente pensando no futuro da própria cooperativa para compor o quadro administrativo.

“A sucessão é um ponto que precisa ser pensado de uma maneira muito delicada, algo que ocorre dentro do seio da família. A melhor maneira de sucessão precisa ser definida dentro de casa, pois o modelo de produção antigo, onde prevalecia as grandes propriedades dotadas de muitos funcionários, com a produtividade baixa de produtos, não funciona mais e não oferece renda. Nós da cooperativa estamos insistindo na questão da assistência técnica e transferência de tecnologia, quando se leva informação você quebra paradigmas, existe um ganho melhor e mais qualidade de vida no campo. Estamos preocupados, queremos jovens capacitados, porque queremos que surjam novas lideranças na cooperativa”, conta Burthon.

 Além disso, tem a mudança no cenário no que diz respeito a leis trabalhistas e ambientais, falta a família planejar melhor a propriedade e agir como uma empresa de fato. “Os pais querem os filhos por perto, mas se for usado o sistema ultrapassado de produção, não é possível assegurar uma vida confortável do ponto de vista econômico. Sem dinheiro, os jovens do campo, automaticamente migram para a cidade, onde acabam encontrando desemprego, falta de segurança e também de moradia”, lembra o presidente.

A produção de leite é uma atividade complexa e exige conhecimento amplo em vários ramos, como sanidade, alimentação, bem-estar e manejo. Uma nova reorganização na estrutura familiar destacando a sucessão na administração dos negócios reflete também na cooperativa que precisa renovar ideias, as cadeiras do administrativo e fortalecer o mercado regional. Os jovens tem obrigação de dar continuidade à tradição da Colagua, mas ao mesmo tempo, fazer com que a empresa se adapte a novos tempos, com muitas informações e tecnologias.


“A cooperativa está caminhando para os 60 anos. O jovem do presente, que vai figurar no quadro da cooperativa no futuro, quando é feito o envolvimento dos mais jovens desde já é possível dar continuidade do negócio. O jovem geralmente aprendeu com o pai, você tem vários desafios, mas se a propriedade for tocada como empresa, o jovem é capaz de viver no campo com dignidade. O jovem precisa ser empreendedor, cooperativo e atendo às novas tecnologias”, finaliza Burthon.

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