Presidente Burthon fez balanço otimista
Como faz tradicionalmente o Presidente
da Colagua, Burthon Moreira, fez um
balanço sobre o trabalho da cooperativa
durante todo o ano de 2016. Mesmo em
meio à crise que abalou todo o país, o setor leiteiro
conseguiu dar a volta por cima e apresenta
pontos positivos de crescimento, na contra mão
da dificuldade econômica, produtores enxergaram
como é importante investir na atividade
fazendo cursos, comprando equipamentos e recebendo
orientações técnicas. Se no campo as
coisas prosperaram, na indústria da Colagua o
rigor no controle de qualidade aumentou ainda
mais, seguindo a risca todas as normas dos Ministérios
da Agricultura e Saúde. Os resultados
foram parar na mesa, de cada vez mais consumidores,
os produtos Colagua em 2016, chegaram
mais longe, em supermercados da Grande
Vitória, Cachoeiro de Itapemirim, municípios do
Caparaó e no Noroeste Fluminense. Acompanhe
a entrevista:
Como o Ptesidente avalia a economia da Colagua em 2016?
Um ano antagônico, registramos os maiores preços
médios remunerados ao produtor num cenário nacional
da economia de muita recessão e desemprego, com inatividade
de muitas empresas, mas para o produtor foi um
ano de alento e de ver que é possível investir no setor.
Podemos dizer que a Cooperativa de Guaçuí teve
um saldo positivo?
Foi positivo sim. Estamos em um processo de construção dentro do planejamento estratégico, entre as ações,
a expansão da parte comercial estava prevista. Fechamos
parcerias importantes com redes de supermercados
e tivemos um aumento de faturamento, mesmo com cenário
econômico de recessão e crise, a Colagua faz um
somatório positivo. Não será melhor que o ano passado,
por exemplo, porém, conseguimos mais que dobrar a
rentabilidade liquida.
O cooperado que é tão importante para Colagua
mudou neste ano?
São conjuntos de fatores e ações, quando você tem a
sua disposição, leite em escala e qualidade e ainda por
cima, tem um mercado, acaba transformando isso em
bons resultados. O negócio da Colagua é uma cadeia
muito extensa, do cooperado até o vendedor de produtos.
Da matéria prima, no campo até a mesa do consumidor.
A captação no campo, a chegada ao parque industrial, a transformação do leite em
derivados, a entrega nos pontos
de distribuição e o consumidor.
É uma cadeia muito complexa,
precisa ser racionalizada e planejada
para atingir os resultados
esperados. O setor está passando
por modificações, a informação e
assistência técnica tem feito a diferença
para os cooperados. Isso
condiciona o produtor para posicionar
a maneira que vai conduzir
a atividade, sofrendo menos
e ganhando mais. O mercado do
leite é um mercado muito imperfeito,
o leite em relação ao Brasil
passa por momentos antagônicos,
são momentos distintos que
levam uma reflexão, sobre o que
o produtor precisa fazer dia a dia,
tendo uma ponderação a respeito
da atividade e a maneira que ele
conduz o negócio. Não há receita de bolo pela complexidade
do tema, principalmente pela característica de cada
produtor, dependemos principalmente do fator clima que
é imprevisível. Nós tivemos produtores que fizeram reserva
alimentar e não tiveram nenhum problema com a
seca, alguns até cresceram levando vantagem na dificuldade
de muitos, simplesmente porque aprenderam a ter
reserva alimentar. Exemplos assim fortalecem a estrutura
da cooperativa, com aplicação dos recursos no dia
a dia, somada a tecnologia que tem ajudado. Produzir
mais com menos, com mais qualidade e agregando valor
ao produto final. O leite nessas circunstâncias consegue
capitalizar o produtor.
Como o Presidente consegue enxergar o ano de
2017?
A ideia é seguir o caminho de planejamento, ampliar as
parcerias comerciais que vem sendo feitas desde 2015 e
que acabaram se consolidando em 2016. Nosso objetivo
principal é ampliar nossas parcerias comerciais, uma
maneira concreta para garantir a estabilidade do negó-
cio, tentar captar leite e com mais qualidade, transformar
esse leite em produtos que precisam ser distribuídos no
Espírito Santo e também em outros estados. Do ponto de
vista da parte técnica é refinar esses caminhos, porque a
melhor maneira de cuidar da cooperativa, simplesmente
é cuidar do produtor de leite, dando fomento a ele.
As modificações deixaram o produtor mais interessado?
O produtor rural tem percebido que o leite é uma opção rentável, a nossa região há algumas décadas tinha
característica de ter grandes fazendas, com uma mão
de obra elevada tanto para o café como também, para
o leite. Mas esse perfil mudou, as propriedades são pequenas
e tem perfil familiar. Existe uma sinergia entre as
pessoas da família, por isso, o rendimento melhor tem
acontecido com esse trabalho de união. Quando se fala
em produção de leite, um dado estatístico me chamou
atenção, está acontecendo uma seleção do setor, quantidade
de produtores vem caindo, porém, o volume de
leite aumentando. O setor está passando por modificações, assistência técnica e informações, com toda essa
preparação a atividade acaba sofrendo menos porque já
fica preparada. O orçamento não está atrelado ao salário
mínimo, ou mesmo, outras comparações econômicas.
O Presidente da Colagua, Burton Moreira, terminou a
entrevista, satisfeito com os resultados e desejando boas
vibrações para o fim de ano. “Desejo a todos os cooperados,
funcionários e parceiros, um Natal repleto de paz,
um ano no com tranquilidade, alegria e realizações. Que
Deus nos abençoe a todos!”, finalizou.
Produtos da Agroindústria tiveram sucesso em 2016