O Informe
Colagua conversou com a coordenação do Sebrae em relação ao Projeto “Mais
Leite”, o diretor de atendimento do Sebrae, Ruy Dias de Souza
avaliou de forma muito positiva as ações que estão acontecendo entre cooperados,
Coopetec, Colagua e Sebrae. O projeto que atende cerca de 50 cooperados tem
transformado propriedades que agora funcionam como uma pequena empresa, onde
existe preocupação com qualidade e metas a serem cumpridas. Acompanhe a
entrevista.
INFORME: Qual
a avaliação do Sebrae sobre o projeto?
SEBRAE: Avaliamos de forma positiva. Sabemos que
produzir leite em um período de crise hídrica é desafiador, mas acreditamos que
o plano de ação simples e personalizado para cada propriedade é um diferencial
desse projeto. Com esse tipo de planejamento é possível fazer uma adaptação de
acordo com a realidade de cada propriedade, e com isso, reduzirmos custos,
direcionando o nível de investimento, como por exemplo, alimentação para o gado
em época de seca, e até mesmo, reserva desse alimento caso o clima continue
ruim.
INFORME:
Pontos que ainda é possível superar?
SEBRAE: Ainda há barreiras culturais nos produtores
da região que devem ser superadas. Alguns ainda insistem em não investir, por
exemplo, em adubação, manejo do solo e ordenha mecânica. Esse tipo de
tecnologia, comum em regiões próximas, ainda é um desafio para alguns
cooperados da Colagua. É importante que isso mude. Essa cultura afeta a
produtividade e qualidade do leite. Todos perdem.
Destacamos, por exemplo, o caso do produtor Sr.
José Henrique Gonçalves de Carvalho, de Guaçuí. Ele é totalmente voltado para
agricultura familiar, investiu nos últimos anos em tanque de resfriamento,
adubou e reformulou sua pastagem, fez silagem, e com isso, teve sua produção
dobrada, saindo de 50 para 100 litros, e ainda fica sempre entre os 10 melhores
na qualidade de leite da cooperativa.
INFORME:
O que de positivo de chamou atenção neste tempo?
SEBRAE: Além de alguns excelentes resultados junto
aos cooperados participantes do projeto, algo que chama a atenção é a
participação ativa da diretoria da COLAGUA junto aos produtores, acompanhando,
controlando, motivando e criticando os resultados efetivos no campo. Essa
aproximação da cooperativa junto ao produtor passa segurança e aumenta a
motivação e permanência dos produtores no projeto, mesmo em épocas de crise.
Outro fator positivo, são os resultados das ações que são promovidas em
parceria com o Sebrae. Todos os eventos que promovemos, como palestras e dias de
campo, estão sempre lotados de produtores interessados.
INFORME:
Em relação a projetos iguais no restante do Brasil, como você avalia o da
Colagua?
SEBRAE: Os resultados de produção junto aos
participantes só não foram melhores do que o esperado, por conta do El Nino em
2015 e as consequências da crise hídrica. Mas quando comparamos a produção
mensal e a entrega de leite na cooperativa, fica nítido que os produtores do
projeto têm uma constância na produtividade. Isso passa segurança, garantia e
renda ao produtor, e também ao laticínio, que tem uma entrega constante de
leite com qualidade.
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