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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Cooperados continuam a receber sêmen

    Todo material genético é armazenado nas propriedades indicadas

O Programa Capixaba de Melhoramento Genético da Pecuária Leiteira continua atendendo cooperados Colagua, dos dez que deveram ser contemplados, oito já receberam material genético com foco no rebanho futuro de qualidade. No último mês, os cooperados Robson Teixeira Guimarães, de Guaçuí e José Antônio Oliveira, de Ibitirama, receberam os materiais. Em todo Espírito Santo, o programa já atendeu a 330 pecuaristas no estado, estima-se que tenha nascido três mil bezerras. Para receber os sêmens e ser acompanhado no projeto, o produtor precisa ser cooperado, receber assistência técnica mensal e ser um pequeno produtor.

Quem coordena o projeto no estado é Fábio Pagun, que vem pessoalmente fazer a entrega, além de conversar com técnicos e cooperados. A entrega do sêmen é só o primeiro passo, depois que os animais são escolhidos, brincos são colocados e todo desenvolvimento acompanhado através de relatórios. Uma vez entrando no projeto, o pecuarista fica por mais dois anos, ao longo desse tempo, ele recebe uma vez ao ano o material para novas inseminações.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Qualidade da água é importante para o leite

 Testes que são realizados nos laboratórios Colagua

“Minha água é de mina”. Quantas vezes ouvimos isso quando chegamos a uma propriedade, mas será que a água de “nascente” está mesmo protegida contra todas as impurezas? Essa tem sido a pergunta, que os técnicos da Colagua e Coopettec andam fazendo aos cooperados, para atestar essa qualidade, alguns exames são realizados no laboratório da cooperativa, sem custo algum para o agricultor. Nos últimos dois meses, os pedidos se intensifi caram e pelo menos 30% das amostras atestaram algum problema. O diagnóstico rápido facilita a mudança de postura. 
Para Juliana Aguiar Mota, bióloga e uma das responsáveis pelo controle de qualidade, o pecuarista precisa fi car ciente que não é apenas a água servida ao animal, mas sim a usada em todo o processo, principalmente na higiene de currais e tanques. “O pecuarista pode fazer uma higienização bem feita, mas se água estiver com algum tipo de contaminação todo o trabalho é jogado fora, alguns bactérias que estiverem na água passam para o ambiente”, lembra Juliana. 
Os procedimentos realizados entre campo, técnicos e laboratório são muito fáceis. O primeiro passo é dado pelo técnico no campo, fazendo a coleta de pelo menos 10 ml de água, tudo feito num tubo esterilizado, para não acontecer contaminação cruzada. O tubo é levado ao laboratório, que entrega o resultado em dois dias.
 “Nossa preocupação são com coliformes fecais e totais. Antes, nossa maior demanda era o controle interno, agora essa preocupação com água aumentou nas propriedades”, explica Ana Claudia Moraes Gomes, responsável pelo Controle de Qualidade. 
O técnico Carlos Roteman, Coordenador do programa “Mais Leite”, acredita que em muitos casos é o próprio animal que contamina as nascentes, pisando ou urinando próximo. “Orientamos sempre para a mudança de postura. Sabemos que é um produto de consumo humano, temos que ter a maior higiene possível. Se o gado tiver invadindo, por exemplo, orientamos que o ideal é cercar a nascente. A vaca precisa beber água de qualidade, já que o animal consome muita água”, lembra o coordenador.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Controle de qualidade: do campo até a mesa do consumidor


A Colagua tem a preocupação com a qualidade desde a retirada do leite dos tanques na zona rural até a casa do consumidor. Para garantir todo esse controle, o laboratório funciona fazendo os mais minuciosos testes e exames no produto, no leite cru diversas vezes e nos produtos já prontos durante a fabricação, como também a garantia do lote até as prateleiras de vendas. A cooperativa atende todos os quesitos do Ministério da Agricultura e também da Saúde.
No campo, cada tanque onde é recolhido o leite os técnicos retiram uma amostra, que segue para o laboratório onde serão feitas analises químicas e físicas. O processo é dividido em procedimentos feitos manualmente e também  com ajuda de equipamentos modernos, que garantem precisão e identificação de problemas. É no laboratório que são identificados alterações como: excesso de água no leite, antibióticos no leite, conservantes como iodo, urina de animal, bicabornato, formol, entre outros produtos que alteram o leite.
“Conseguimos identificar quando o leite está adulterado de alguma forma, principalmente no caso da água que detecta exatamente o que foi colocado em excesso. Quando encontramos alguma fraude, depois de tudo devidamente checado, uma equipe de campo vai até a propriedade para fazer a investigação do problema”, lembra Ana Cláudia Moraes, do controle de qualidade da Veneza.
Durante todo o processo de fabricação é importante acompanhar a acidez do leite, a medida vai encaminhar especificamente o destino de cada leite, em relação os produtos feitos na cooperativa. Levando sempre em consideração que cada produto tem um padrão. Já na prateleira, existe o conhecido “Shelf Life” que é o prazo de validade, cada lote fica armazenado uma amostra que vai mostrar como o produto foi fabricado.
“Não podemos ficar fora do padrão porque tudo é determinado pelo Ministério da Agricultura, temos o controle em planilha e muitos relatórios que são encaminhados para a Embrapa. Todas as amostras que seguem para Embrapa possuem até códigos de barra, deixando tudo informatizado. No consumo das pessoas, como temos as amostras armazenadas, quando acontece qualquer problema fazemos o confronto”, afirma Juliana Aguiar Mota, do controle de Qualidade da Colagua.


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Parceria entre Colagua e Vallée


A Colagua agradece a parceria da empresa Vallée durante todo esse tempo da nova gestão da Cooperativa de Laticínios de Guaçuí, Colagua, a parceria que resulta em ainda mais qualidade para o homem do campo. Na última quinta-feira, 30, o médico veterinário e representante Vallée, Eduardo Shalders, ministrou uma palestra na sede da cooperativa e deu muitas dicas para os cooperados, falando sobre doenças como mastite e também, sobre a importância de um leite de qualidade. A administração da Colagua entende que o crescimento da região se dá com parcerias, um exemplo é o apoio da empresa Vallée em todos os momentos da Colagua.

domingo, 2 de agosto de 2015

Cuidados adequados no rebanho evitam LINA


Com o passar do tempo à indústria começou a fazer uma série de procedimentos, tanto no campo quando no parque industrial, para ter certeza da qualidade e da composição do leite. O principal teste nesses processos é o alizarol, que pontua se existe uma concentração de ácido lático, com acidez elevada o leite se desestabiliza, ficando impróprio para o consumo e causando prejuízo em toda cadeia leiteira.

De acordo com Lorena Vidaurre Ribeiro, zootecnista do Incaper de Guaçuí, nem sempre a ocorrência dos grumos é causada pela grande presença de bactérias. Por algumas razões, principalmente oferta de alimentação deficiente em quantidade e qualidade ou sem o devido balanceamento, ocorrem alterações das propriedades físico-químicas do leite, o teste resulta na formação de coágulos. Ou seja, o leite está instável, mas não por causa da sua acidez e, nessas condições, ele é chamado de Leite Instável Não Ácido (LINA).

Quando o leite coagula, o produtor precisa investigar o que está acontecendo para fazer a diferenciação de Ácido e LINA. Lorena Vidaurre acrescenta que no caso do leite ácido, a solução está na revisão do manejo de ordenha, já que a presença elevada de bactérias se deve a problemas de higiene, principalmente limpeza incorreta do equipamento de ordenha, ou mesmo, a falta de cuidados do ordenhador com sua higiene pessoal, também pode ser a demora em resfriar o leite no tanque. Adotando-se os procedimentos corretos de higiene e com o resfriamento imediato do leite após a ordenha, a contagem bacteriana das ordenhas seguintes diminuirá rapidamente.

“Já em relação ao LINA, as providências são outras. Na maioria das vezes, o produtor não consegue corrigir este problema, pois as possíveis causas que provocam a ocorrência do mesmo são inúmeras e ainda não estão totalmente esclarecidas. Dentre os fatores já estudados até o momento, a restrição alimentar com conseqüente subnutrição ou desequilíbrio nutricional se destacam por reduzir a estabilidade do leite no teste do álcool. Será necessário encontrar o equilíbrio correto, na quantidade e na qualidade, entre volumoso e concentrado disponibilizados aos animais, sem esquecer-se da mineralização do rebanho. O balanceamento deve levar em conta as características do rebanho, o potencial de produção e o estágio de lactação dos animais”, afirma a zootecnista.

A zootecnista lembra ainda, que o problema do LINA é um problema multifatorial, sendo que as suas causas ainda não estão totalmente esclarecidas. Sabe-se que existe uma relação evidente entre a positividade da prova do álcool com a influência da época do ano, dietas ou pastos ricos em cálcio, deficiências ou falta de balanceamento de minerais (Ca, P, Mg), mudanças bruscas na dieta, estágio de lactação e genética. Dos trabalhos já realizados, a respeito da estabilidade térmica do leite, pode-se dizer que rebanhos bem nutridos, com bom manejo, livres de doenças, com conforto térmico, tratados de forma não aversiva não apresentam problemas.

O que pode causar o “LINA”

- Fatores nutricionais: dietas ricas em cálcio, mudanças bruscas de alimentação, restrição alimentar, desequilíbrios nutricionais. Aparece com frequência em fêmeas bovinas no pós-parto e em pico de lactação.

- Saúde do animal: processos inflamatórios da glândula mamária aumentam a concentração de plasmina no leite. A ocorrência pode ser frequente também em animais com alto potencial genético.

Previna a LINA:

- Planejamento do manejo para alimentação, ofertando alimentos o ano todo e no período que o pasto cai de volume, oferecer a cana-de-açúcar corrigida com ureia e sulfato de amônio, capineiras, silagem e feno.

- Importante lembrar que é preciso fazer uma transição adequada entre as dietas, para dar tempo para a flora do rúmen se adaptar ao novo alimento que está sendo fornecido. Mudanças bruscas de alimentação podem causar um desequilíbrio no metabolismo do animal e provocar o aparecimento do LINA.

- Observar o conforto animal. O estresse calórico também altera a composição do leite produzido, além de provocar redução do consumo. Nesse aspecto, deixar sempre água de boa qualidade à disposição do animal, providência indispensável para combater o estresse calórico.
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