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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Sucessão familiar na pecuária leiteira ainda é um desafio

                                     O sorriso no rosto de Maicon é de quem acredita na pecuária de leite

A história do leite na vida de Maicon Silva Nogueira, de 31 anos, começou desde a infância, quando criança observava o avô no trato com o gado, mas depois que a idade pesou, aos 83 anos, o avô se mudou para cidade e Maicon resolver dar continuidade a pecuária leiteira, na Fazenda do Barulho, zona rural de Guaçuí. Até tomar a atividade como principal renda, ainda trabalhou em fábricas de móveis na cidade, mas não durou muito tempo para enxergar na pecuária uma grande paixão. Nem a dedicação diária desanima o cooperado, que já entrou no rancking de qualidade de leite Colagua.


                                             Família unida e todos moram na zona rural

Quando começou com a pecuária, tinha apenas 12 vacas e conseguia retirar 30 litros por dia, hoje o pequeno produtor que trabalha sozinho, tem 65 vacas e tem conseguido produzir, mesmo com a estiagem, 110 litros por dia. O tanque, por enquanto, só recebe o leite produzido na propriedade, mas pertence à Associação da Cachoeira do Barulho. “Eu fico muito animado com a produção, nunca tive problema e sei muito bem, que o trabalho é árduo, principalmente com a falta de chuva”, lembra Maicon.
Além de se preocupar com a alimentação do rebanho, que tem sido à base de cana-de-açúcar e milho, o produtor também tem investido em inseminação artificial. “As bezerras que nasceram já são aqui da minha propriedade. Tento fazer tudo certinho porque acredito no negócio, sinto que mais jovens poderiam participar também da Colagua e dar continuidade a pecuária leiteira”, conta Maicon.
A sucessão familiar na cadeia produtiva de leite é um desafio no Brasil e no Mundo, pois os jovens estão perdendo o interesse em continuar na atividade por várias questões. Mas quando a fazenda é rentável e bem estruturada, tornasse um incentivo para esse jovem planejar o seu futuro no campo. O presidente da Colagua, Burthon Moreira, é um defensor da sucessão, principalmente pensando no futuro da própria cooperativa para compor o quadro administrativo.

“A sucessão é um ponto que precisa ser pensado de uma maneira muito delicada, algo que ocorre dentro do seio da família. A melhor maneira de sucessão precisa ser definida dentro de casa, pois o modelo de produção antigo, onde prevalecia as grandes propriedades dotadas de muitos funcionários, com a produtividade baixa de produtos, não funciona mais e não oferece renda. Nós da cooperativa estamos insistindo na questão da assistência técnica e transferência de tecnologia, quando se leva informação você quebra paradigmas, existe um ganho melhor e mais qualidade de vida. Estamos preocupados, queremos jovens capacitados, porque queremos que surjam novas lideranças na cooperativa”, conta Burthon.

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