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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Mesmo com a seca os números são positivos

                                Propriedade de João Carlos Ferreira Curty participante do projeto "Mais Leite"

A seca assola várias regiões do Espírito Santo, na comparação de produção leiteira do ano passado, houve uma redução de 15% na captação. Atualmente são 24 mil/litros de leite por dia, uma perda acumulada na Colagua de 35%. Mesmo com os números apontando queda, a tranquilidade da administração é que o problema poderia ser bem maior, mas graças a um grupo de 60 produtores que se dedicam ao projeto “Mais Leite” isso não aconteceu. Com um trabalho técnico intenso aos participantes aumentaram a produção, reduziram custos e também o número de animais. Exemplos de sucesso que precisam ser seguidos, por outros cooperados, quanto mais informação, melhor o setor leiteiro fica.

“Apenas, os 60 produtores do “Mais Leite” conseguiram diminuir a quantidade de vacas no rebanho, mas em contrapartida, aumentaram a lactação, só essas modificações foram capazes de aumentar a produção média em 20%, antes era de 6,6 litros/por dia e foi para 7 litros. Houve melhora também no intervalo entre partos de vacas. Outro destaque é na intensificação na área destinada a atividade, usando o aproveitamento ou diminuição. Um somatório de mudanças, com uma queda também do custo de produção do leite que chegou a 18,5%”, destaca o Presidente da Colagua, Burthon Moreira.

Os relatórios positivos incentivam a adesão de mais produtores, o “Mais Leite” está funcionando na Colagua há pouco mais um ano, o contrato foi renovado e segue nos atendimentos. De acordo com Carlos Reutemann Barbosa, Coordenador Técnico do Programa, a ajuda capacitada é importante, na Colagua essa parceria acontece através da consultoria, que também envolve o Sebrae. “O próximo passo é o planejamento do trabalho, quando são discutidas as atividades do dia a dia, levando sempre em consideração as condições de cada um, nesse ponto e durante todo o trabalho, tem que haver uma relação de confiança entre o produtor e o técnico, para que juntos consigam atingir o objetivo. Com o planejamento e desenvolvimento das atividades não conseguimos acabar com o problema seca, mas conseguimos minimizar os prejuízos, a ação pode ser determinante para a continuidade do produtor na atividade, e mais, não estamos falando somente de pequenos produtores e sim da atividade como um todo. O caminho é ser eficiente e profissional, em qualquer que seja sua atividade”, destacou o coordenador.


O último relatório que acompanha o trabalho, mostra ainda, que houve um salto grande no que diz respeito a qualidade do leite, havendo uma redução dos índices de CCF e UFC. “Mesmo com a seca houve ampliação do trato, o cultivo de espécies forageiras, faz a diferença no tratamento também, algumas alimentações são fornecidas diretamente e outras, em forma de silagem. A técnica de intensificação por piquete possibilitou o fornecimento de proteína, a custo baixo para o rebanho. Na maioria dos casos, sem a presença dos animais, com irrigação, base de funcionamento muito trabalho, a dedicação e a atitude do produtor também fizeram a diferença. O trabalho é inovador e eficiente, estamos acreditando e sentindo os resultados”, lembra o Presidente da Colagua.

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